A Importância do Farmacêutico na Comissão de Controle de Infecção Hospitalar no Uso Racional dos Antimicrobianos

Por: Carlos Alberto Evangelista Filho, Diego Morgado, Luciana Lima da Silva, Rosana da Silva Sousa, Vandinei Nunes e Claudinei Alves Santana.

Artigo apresentado como Conclusão de Curso ao Senac, Unidade Tiradentes, como exigência parcial para obtenção do título de “Especialista em Farmácia Clínica e Hospitalar”.

São Paulo – SP, 2021.

RESUMO

O objetivo das equipes de saúde na internação do paciente é o controle das infecções hospitalares. O farmacêutico clínico possui uma atuação importante dentro da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e no Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH), buscando a redução de eventos adversos e a otimização da terapia de antimicrobianos.

Objetivo: Elaborar uma revisão da literatura sobre a importância da atuação do profissional farmacêutico na CCIH e na prevenção da disseminação de microrganismos resistentes aos antimicrobianos, norteando para a necessidade da promoção de políticas em saúde que estimulem o uso racional.

Métodos: Foi realizada uma pesquisa mediante um levantamento de artigos nos seguintes sites de busca: Scielo, PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os termos em português: Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, antimicrobianos, atuação do farmacêutico clínico hospitalar e controle de infecções hospitalares.

Resultados: A partir da metodologia adotada, foram encontrados 87 artigos. Destes, foram excluídos 48 artigos, pois não contemplavam o tema e objetivo proposto. Sendo incluídos para o presente artigo de revisão 39 artigos.

Conclusão: Faz-se necessário destacar a importância da atuação direta do profissional farmacêutico para promoção do uso racional dos medicamentos. Por sua vez, a CCIH destaca-se como uma importante ferramenta frente a esse problema. O farmacêutico e a equipe multidisciplinar desempenham medidas necessárias e pertinentes no âmbito hospitalar para conscientização e orientação, com intuito de minimizar os impactos negativos que a terapêutica inapropriada pode levar ao paciente.

Palavras-chave: CCIH, PCIH, infecções hospitalares, uso racional de antibióticos e Stewardship.

ABSTRACT

The objective of the health teams in the patient’s hospitalization is the control of hospital infections. The clinical pharmacist plays an important role in the Hospital Infection Control Commission (CCIH) and in the Hospital Infection Control Program (PCIH), seeking to reduce adverse events and optimize antimicrobial therapy.

Objective: To prepare a literature review on the importance of the role of the pharmacist in the CCIH and in preventing the spread of microorganisms resistant to antimicrobials, guiding the need to promote health policies that encourage rational use.

Methods: A search was carried out through a survey of articles in the following search sites: Scielo, PubMed and Virtual Health Library (VHL), using the terms in Portuguese: Hospital Infection Control Commission, antimicrobials, role of the hospital clinical pharmacist and control of hospital infections.

Results: From the adopted methodology, 87 articles were found. Of these, 48 articles were excluded, as they did not address the proposed theme and objective. 39 articles being included for this review article.

Conclusion: It is necessary to highlight the importance of the direct action of the pharmacist to promote the rational use of medicines. In turn, the CCIH stands out as an important tool to face this problem. The pharmacist and the multidisciplinary team perform necessary and pertinent measures in the hospital environment for awareness and guidance, in order to minimize the negative impacts that inappropriate therapy can lead to the patient.

Keywords: CCIH, PCIH, nosocomial infections, rational use of antibiotics and Stewardship.

Este artigo será submetido à avaliação da Revista da SBRAFH, publicação oficial de divulgação cientifica da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviço de Saúde

1. INTRODUÇÃO

Estima-se que em 2050, a resistência antibiótica leve cerca de 10 milhões de pessoas a óbito e a disseminação das Infecções Hospitalares (IHs) tem apresentado números alarmantes a nível mundial. Aproximadamente 1,5 milhão de pessoas são acometidas por IH anualmente, e no Brasil, 14% das internações médicas são decorrentes delas e medidas simples como o uso correto de EPI (Equipamento de Proteção Individual) e a correta higienização das mãos contribuem no controle das infecções nos serviços de saúde1,2.


Historicamente, as ações para controle das IHs devido às más condições sanitárias nos serviços de saúde no Brasil, foram evolutivas. Em 1963, um hospital em Porto Alegre (RS) criou a primeira Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) no país, por solicitação do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS). A implantação da comissão ocorreu apenas em hospitais próprios, que foi um importante marco assistencial ao paciente quanto à seguridade medicamentosa no combate a disseminação de bactérias3,4.


Posteriormente, em 1998 o Ministério da saúde revogou a portaria 930/92 e instituiu a portaria 2616/1998, onde cria-se o Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH), e entre outras providências, determina-se que o farmacêutico é o profissional que deve promover o uso racional de antimicrobianos e materiais médico-hospitalares3.


Dentre as principais atribuições do mesmo, destaca-se o desenvolvimento de ações voltadas à conscientização e a monitorização da farmacoterapia que leve a administração plausível dos medicamentos. No entanto, o correto manejo terapêutico na utilização dos antimicrobianos deve ser apropriado à condição clínica do paciente, por um período de tempo adequado, em doses adequadas às condições individuais para que haja uma utilização medicamentosa racional1,5. Segundo Aquino6, essa prática evita a intoxicação por fármacos, diminuindo não apenas complicações clínicas no quadro do paciente, como também reduzindo o tempo de tratamento e os consequentes gastos desnecessários ao hospital.

A introdução de farmacêuticos especializados na profilaxia antibacteriana em hospitais foi de grande importância, devido às prescrições inadequadas de antibacterianos, com intuito de favorecer a assistência farmacêutica ao paciente, além de destacar a importância do mesmo como profissional em saúde responsável por promover o emprego terapêutico dos fármacos, além da utilização responsiva de antibióticos, culminando na diminuição dos quadros de resistência bacteriana. Este trabalho se propõe a demonstrar a importância da atuação farmacêutica na CCIH, visando o uso racional de antimicrobianos e a redução das incidências de IHs, através da promoção de políticas em saúde estimulando o uso racional.

2. OBJETIVO

Elaborar uma revisão da literatura sobre a importância da atuação do profissional farmacêutico na Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e na prevenção da disseminação de microrganismos resistentes aos antimicrobianos, norteando para a necessidade da promoção de políticas em saúde que estimulem o uso racional.

3. METODOLOGIA

Foi realizada uma busca de artigos que contemplasse o objetivo do presente trabalho nas bases de dados: Scielo, PubMed, e na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os termos em português: Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, antimicrobianos, atuação do farmacêutico clínico hospitalar e controle de infecções hospitalares; e em inglês: Hospital InfectionControl Commission, antimicrobials, role of hospital clinicalpharmacistandcontrolof hospital infections; no período de 28/08/2020 a 11/06/2021.

4. RESULTADOS

A partir da metodologia adotada, foram encontrados 87 artigos que abordaram os seguintes temas: infecção hospitalar, uso racional de medicamentos, antibioticoterapia, legislações farmacêuticas no âmbito hospitalar, atuação do farmacêutico clínico hospitalar, políticas públicas voltadas ao uso racional de medicamentos, dentre outros. Destes, foram excluídos 48 artigos, pois não contemplavam o tema e objetivo proposto. Sendo incluídos para o presente artigo de revisão 39 artigos.

5. DISCUSSÂO

Composta por uma equipe multidisciplinar, de caráter deliberativo e organizacional, de existência obrigatória nos órgãos de saúde, a CCIH funciona diretamente ligada à direção geral da instituição. O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), órgão executivo, é encarregado das ações planejadas pela comissão, e tem basicamente como objetivo, a execução do Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH)4.


Na década de 1960 surgiram as primeiras comissões hospitalares no Brasil, dentre elas, do Hospital Ernesto Dorneles, localizado no Rio Grande do Sul, sendo o pioneiro na implantação da primeira CCIH em território brasileiro, por recomendação do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS). Apesar do feito, as ações governamentais programáticas no país tiveram início anos mais tarde7.


A primeira descrição de infecção hospitalar foi constatada em 1847, quando o médico e obstetra Ignaz Philipp Semmelweis observou uma alta mortalidade materna por febre puerperal (pós-parto), evidenciada através dos estudantes de medicina que manipulavam cadáveres, e ao mesmo tempo cuidavam de mulheres em fase terminal gestacional e puerperal, sem o cuidado com a higienização das mãos8.

Posteriormente, em meados de 1865, a enfermeira Florence Nigthingale introduziu cuidados básicos nos pacientes da clínica médica, como higiene, alimentação, divisão dos pacientes em leitos individuais, e outros cuidados, com intuito de promover a saúde e recuperação dos mesmos9.


Além desses, outros pesquisadores também desempenharam papéis fundamentais para o conhecimento acerca das IHs: Robert Koch (1876), ao atribuir as bactérias como agentes etiológicos das infecções; Billroch e Rosenbach (1883), sendo os primeiros a identificarem os estreptococos em supurações; e Von Bergman e Shimmelbush (1885), introduzindo a autoclavação no preparo de materiais cirúrgicos10.


Os fatos ocorridos, serviram como incentivo à criação de políticas de prevenção e controle de infecções comunitárias e hospitalares, além de ser uma ferramenta no controle de qualidade em saúde9,11. As IHs são tão antigas quanto o surgimento dos hospitais. Ainda na década de 1980, o aumento substancial das infecções passou a ser pauta das autoridades sanitárias. Na época, o Ministério da Saúde (MS) implementou um programa de treinamento de capacitação para 14 mil profissionais, o qual foi descontinuado posteriormente7.


Por meio da Portaria 196 de 24 de Junho de 1983, o MS determinou que, independentemente da natureza da entidade mantenedora, todos os hospitais brasileiros deveriam manter uma CCIH3,12. As ações governamentais foram mais pontuais, após o episódio da morte do recém-eleito presidente Tancredo de Almeida Neves, relacionada a uma infecção cirúrgica em 1985. Em 1987 foi instituído o Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar (PNCIH) pela portaria n°232 do MS, e transformado em Divisão de Controle de Infecção Hospitalar (DCIH) em 1990 pela portaria n°66613.


A CCIH e o PCIH têm como objetivo proporcionar melhores resultados para os pacientes, como a estabilização da resistência microbiana e diminuição dos custos com os tratamentos. Busca ainda a cura de infecções, a redução da mortalidade decorrente delas, assim como seu monitoramento e controle das IHs a partir das CCIH e dos comitês de investigação de óbitos hospitalares, dos quais cooperam para a qualidade da assistência hospitalar14.


Baseados na Portaria nº 2.616/1998, do Ministério da Saúde, há alguns critérios que ajudam na definição de uma IH, como: pacientes de outros hospitais que já se internam com infecção (inclusive recém – nascidos); quando não houver conhecimento do período de incubação do microrganismo; não havendo evidência clínica; ou ainda, quando o paciente provém de um hospital (já internado com infecção) é diagnosticado pelo hospital de origem como portador de IH. Entretanto, se o mesmo for transferido para outro hospital, neste, será considerado como portador de infecçãocomunitária (IC)13.

5.1 Infecção hospitalar e infecção comunitária

Para a realização de cuidados em saúde, o indivíduo se submete a um risco inevitável de hospitalização. Em consequência disso, a exposição nesses ambientes torna-o suscetível à inoculação de microrganismos presentes, levando a um agravamento na saúde do mesmo. As infecções são caracterizadas de acordo com o perfil de resistência antimicrobiana e epidemiológico, classificando-se naquelas adquiridas na comunidade ou nosocomiais15,16.


A IH, também denominada como nosocomial, tem por definição uma síndrome infecciosa adquirida após internação ou procedimento ambulatorial, podendo manifestar-se após alta hospitalar, além de se relacionar a procedimentos realizados durante a internação e/ou tratamento12,17. Constituindo um grave problema de saúde mundial, os distúrbios infecciosos advindos das IHs desafiam constantemente o sistema de saúde, acarretando no aumento da mortalidade e da morbidade entre os pacientes, além de elevar os custos hospitalares18.


Podem ser desencadeadas após a internação do paciente, acarretando em um prolongamento de sua permanência no hospital, além de causar maiores danos à saúde do mesmo, como problemas relacionados à morbidade e à mortalidade. Sendo assim, quanto maior sua permanência no hospital maiores os riscos de IH. Dentre as infecções hospitalares comumente observadas, podemos destacar pneumonias, infecções de pele, infecções urinárias e infecções de corrente sanguínea. Alguns dos principais agentes etiológicos que ocasionam essas infecções são Staphilococcus aureus, Pseudomas aeruginosa, Klebsiellapneumoiae e Escherichia coli19. Além disso, o uso de antibióticos altera a microbiota do paciente e associados a procedimentos invasivos, desequilibram os mecanismos de defesa do hospedeiro, agravando seu quadro clínico12.


Por outro lado, de acordo com a portaria Nº 2.616 de 1998, as Infecções Comunitárias (ICs) são denominadas como aquelas em que não há relação com uma internação anterior no mesmo hospital, além de ser constatada em incubação no ato da admissão do paciente. Os tipos de infecções comunitárias observados com maior frequência são infecções respiratórias e infecções do trato urinário. Dentre as infecções respiratórias estão: infecções respiratórias agudas (IRA) na maioria das vezes, causadas por vírus sincicial respiratório (VSR), o rinovírus humano (HRV), apresentando variação para coronavírus humano (HCoV), bocavírus humano (HBoV), adenovírus (ADV), vírus influenza tipo A e B (FLU A/B), vírus parainfluenza (PIV) e metapneumovírus humano (HMPV). A infecção do trato urinário (ITU) é responsável por dores e sintomas irritantes. As ITUs afetam em sua maioria mulheres, e seus principais agentes causadores são: Escherichia coli, Staphylococcus saprophyticus, Staphylococcus aureus. Também são caracterizadas em recém-nascidos, quando a obtenção por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada, tornando-se evidente logo após o nascimento, como em casos de toxoplasmose, sífilis, AIDS, etc20,21.


Diante disso, fatores sócio-ambientais como grau de instrução, saneamento básico, condições de habitação precárias, também relacionam-se com o desenvolvimento de infecções, principalmente aquelas adquiridas em ambiente domiciliar22.

5.2 Legislações que cercam o âmbito hospitalar

As legislações que cercam a atuação multiprofissional no âmbito hospitalar, são direcionadas ao melhor manejo terapêutico com o intuito da prevenção, proteção e que garanta a segurança do paciente. Direcionadas a atuação farmacêutica, elas norteiam e instruem o farmacêutico para que através dos seus conhecimentos adquiridos e embasados na farmacoterapia, o mesmo possa intervir, quando necessário, na prevenção de agravos em saúde do paciente quanto ao uso de medicamentos. Frente a isso, a Resolução 585/2013 do Conselho Federal de Farmácia regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico, dentre estas atribuições, podemos destacar: o cuidado ao paciente, através do desenvolvimento de ações para a promoção, proteção e recuperação da saúde, prevenção de doenças e outros problemas de saúde; planejar e avaliar a farmacoterapia; analisar as prescrições, através da realização de intervenções farmacêuticas a partir da discussão dos casos clínicos em conjunto com a equipe multidisciplinar; realizar a anamnese farmacêutica, verificando sinais e sintomas; solicitar e acompanhar exames laboratoriais, interpretando os resultados de exames clínico-laboratoriais; realizar e registrar as intervenções farmacêuticas junto ao paciente, família e cuidadores; acompanhar e instruir a administração adequada de medicamentos ao paciente; fazer a evolução farmacêutica e registrar no prontuário do paciente; realizar a conciliação medicamentosa do paciente; prescrever, conforme legislação específica; avaliar e acompanhar a adesão dos pacientes ao tratamento, entre outros23.


Outra portaria que fortalece e norteia a atuação farmacêutica é a 4.283/ 2010, do Ministério da Saúde, que aprova as diretrizes e estratégias para organização, fortalecimento e aprimoramento das ações e serviços de farmácia no âmbito dos hospitais. Ela foi criada a fim de visar o gerenciamento adequado e o uso correto de medicamentos, evitando o aumento da morbimortalidade, elevação dos custos e prejuízos à segurança e à qualidade de vida, visando também à otimização dos resultados clínicos e econômicos24.


A resolução nº 492/2008, do Conselho Federal de Farmácia, regulamenta o exercício profissional nos serviços de atendimento pré- hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde, de natureza pública ou privada. Diz respeito ao conjunto de ações de resgate que objetiva atendimento às urgências e emergências por meio de serviços móveis ‘e por farmácia hospitalar e outros serviços de Saúde’ a unidade clínica, administrativa e econômica, dirigida por farmacêutico, ligada hierarquicamente à direção do hospital ou serviço de saúde. Algumas atribuições do farmacêutico nos serviços de atendimento pré hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde são: gestão, desenvolvimento de infra-estrutura, distribuição, controle e distribuição de medicamentos para a saúde, otimização da terapia medicamentosa, informação sobre medicamentos e produtos para a saúde25.


No que diz respeito às principais legislações relacionadas à prevenção e controle das Infecções de Assistência à Saúde (IRAS), fundamentam-se na Lei nº 9.431/97, onde obriga os hospitais a constituírem uma CCIH. A resolução nº 300/97 do Conselho Federal de Farmácia (CFF), regulamenta sobre a necessidade da participação do farmacêutico na CCIH, além de exercer suas funções que lhe competem. A Portaria nº 2.616/98, do Ministério da Saúde, cria o Programa de Controle de Infecções Relacionadas à Saúde (PCIRAS) e estipula normas e diretrizes de prevenção e controle das IHs e a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 48/2000 proposta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária avalia o cumprimento das ações do PCIRAS. Com base nessas legislações, cabe ao farmacêutico o desenvolvimento de ações e serviços que visem o controle e a correta administração medicamentosa, assim como no manejo terapêutico quanto ao uso indevido de antimicrobianos13,18,26,27.

5.3 Medidas de prevenção das Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde (IRAS)

A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar possui algumas atribuições como, a vigilância epidemiológica das infecções, revisão das práticas assistenciais, precauções para evitar disseminação de doenças transmissíveis, entre várias outras medidas a fim de minimizar a ocorrência de infecções relacionadas à assistência à Saúde (IRAS). Existem fatores considerados extrínsecos para desencadeamento das IRAS, tais como: higienização das mãos, realização adequada de procedimentos invasivos, utilização da técnica correta, o uso de EPIs, entre outros. Cita -se a correta higienização das mãos, como a prática mais efetiva na redução das infecções, pois impede a transmissão cruzada de microrganismos28.


A adesão das práticas profiláticas é alta, uma vez que além de ser uma prática profissional, é principalmente um ato de alta segurança pessoal. Outra medida de prevenção importante é o cuidado com a contaminação das vias aéreas, mantendo-se a cânula de intubação traqueal estéril e realizando-se a troca do filtro do sistema de ventilação entre os pacientes. A limpeza das ampolas, feitas com álcool estéril, também é extremamente importante, o que evita o risco de contaminação. A troca de seringas após a administração de fármacos via subcutânea, intramuscular ou intravenosa também é de extrema necessidade, evitando contaminação com material biológico de outros pacientes29.

A elaboração de um Procedimento de Operação Padrão (POP) e de um questionário contendo os métodos de prevenção de infecção hospitalar também é muito importante. Isso possibilita o profissional a recorrer ao documento, tendo um protocolo diário de higiene, ajudando a lembrar de cada etapa de higienização pessoal, dos equipamentos e de todo o ambiente, a fim de evitar contaminações desnecessárias ou altamente fáceis de prevenir, o que aumenta a segurança pessoal, do paciente e de toda a equipe multidisciplinar ligada ao funcionário em questão30.

5.4 Uso racional de antibióticos

O controle das infecções relacionadas à assistência à saúde é uma atividade considerada multidisciplinar, porém, cabe à farmácia das instituições de saúde gerir e assistir a comunidade hospitalar no que se refere aos medicamentos, materiais médicos hospitalares e demais insumos para a saúde. O acesso racional e a monitorização do uso dos antimicrobianos, germicidas e saneantes dentro dos setores hospitalares são garantidos através do serviço de farmácia hospitalar31,32.


Algumas ações devem ser realizadas para o uso racional de antibióticos a realização de exames de identificação de microrganismos e da susceptibilidade dos antibióticos para a escolha do melhor fármaco, a padronização de antibióticos incluindo a análise evolutiva de cada microrganismo na instituição, além de sugestões para a antibioticoterapia empírica nas situações mais comuns, incentivar o conhecimento sobre o volume e o custo X benefício de antimicrobianos33.


A antibioticoterapia deve ser realizada de forma racional, uma vez que seu uso equivocado e indiscriminado pode levar a vários problemas, sendo o mais severo o aumento da resistência bacteriana podendo levar à morte. A prevalência de pacientes de UTI que recebem os antibióticos de forma incorreta gira em torno de 50%, aumentando o tempo de hospitalização e a taxa de mortalidade. Alguns aspectos que merecem atenção, pois incidem em erros são: tempo de tratamento exagerado, indicação equivocada da dose ou do antibiótico propriamente dito e a prescrição do medicamento sem haver uma quantidade aceitável mínima de evidências científicas. O aumento de creatinina em exames coletados também foi observado no uso de antibióticos34.

5.5 Papel do Farmacêutico clínico no CCIH: Programa Stewardship de antimicrobianos

O farmacêutico apresenta um papel crucial junto à equipe multiprofissional no que diz respeito à prevenção de infecções hospitalares. Uma indicação inadequada, atrelada a escolha do melhor fármaco e a posologia, elevam os riscos quanto à toxicidade ao paciente, efeitos adversos e o desenvolvimento de cepas resistentes aos antimicrobianos, aumentando os índices de mortalidade. Pensando nisso, foi implementado nos hospitais um programa de manejo e controle antimicrobiano, conhecido como Stewardship. Ele foi definido em 2001 por Dale Gerding através de ações sinérgicas resultantes do esforço interdisciplinar na utilização otimizada dos antimicrobianos através de estratégias pré-estabelecidas35.


O Programa Stewardship é subdividido em 4 fases, onde: na fase 1 (preparatória) o programa foi preparado por uma equipe multidisciplinar a fim de questionar sobre o uso excessivo de antibióticos e otimizar o tratamento medicamentoso, a fim de evitar usos exagerados e indiscriminados dessa classe terapêutica. Na fase 2 (planejamento do projeto) foram mapeadas áreas com possível atuação, planejando-se ações sobre o uso racional dos medicamentos a partir da criação do uso de um formulário para definir as principais medidas do uso do Stewardship. Na fase 3 (otimização do cuidado clínico) foram implantadas medidas como por exemplo protocolos que foram criados para infecções usuais e indicadores para avaliar o desempenho do hospital. Na fase 4 (aprimoramento do Stewardship), ocorreu a realização de novas avaliações a fim de que fossem trabalhados os aspectos principais do Stewardship36.


A execução de programas que visem o manejo racional de antimicrobianos é objetivo importante do ‘NationalPlan for Combating Antibiotic Resistant Bacteria’, além de ser um padrão de aceitação exigido pelo The Joint Commission35,37.


O papel do farmacêutico clínico na CCIH é atuar nas diversas etapas da infecção hospitalar, diminuição da transmissão das infecções, promoção do uso racional de antimicrobianos, treinamentos e orientações para pacientes e profissionais da saúde. O profissional necessita de um embasamento científico, conhecendo todo o mecanismo responsável pela infecção a fim de que possa intervir de forma preventiva e diminuir o quadro clínico dos pacientes, além de orientar a equipe multiprofissional38.


Contudo, a resistência bacteriana que o uso inadequado de antimicrobianos provoca, possui um custo elevado, porém são evitáveis. A otimização da terapia antimicrobiana provoca impactos positivos na redução dos custos financeiros, traz benefícios à logística hospitalar, reduz o tempo de hospitalização e aumenta a rotatividade de leitos e UTIs, diminuindo assim a superlotação no ambiente hospitalar. O Brasil, considerado como país de renda média, foi responsável por um aumento de três quartos do aumento global no consumo mundial de antibióticos na última década. Porém há poucos estudos que examinaram estratégias que melhorem a otimização do consumo desses medicamentos no país39.

6. CONCLUSÃO

Visto a complexidade do uso irracional de antibióticos, faz-se necessário destacar a importância da atuação direta do profissional farmacêutico para promoção do uso racional desses medicamentos. Por sua vez, a CCIH destaca-se como uma importante ferramenta frente a esse problema. Através dessa comissão, o farmacêutico junto a outros profissionais de saúde desempenham medidas necessárias e pertinentes no âmbito hospitalar para conscientização e orientação, com intuito de minimizar os impactos negativos que a terapêutica inapropriada pode levar ao paciente.
Frente a isso, a realização de estratégias como: padronização de antimicrobianos, as legislações vigentes que controlam, regulamentam e norteiam o fluxo no ambiente hospitalar, o controle na sua dispensação, monitoramento das prescrições e educação continuada aos profissionais, contribuem diretamente para minimização da resistência bacteriana. Contudo, a problemática deve ser enfrentada com seriedade, já que a estimativa para 2050 é que a resistência antibiótica leve cerca de 10 milhões de pessoas a óbito, e isso tem sido considerado um dos maiores problemas de saúde pública mundial.

REFERÊNCIAS

1. CARNEIRO, L. de F., KHOURI, A. G., SANTOS, S. O., SILVEIRA, A. A. da; COSTA, A. C. da, & SILVA, Á. P. da. (2019). Atribuição Do Farmacêutico Na Comissão De Infecção Hospitalar Quanto ao Uso de Antimicrobianos. Revista Referências Em Saúde Da Faculdade Estácio de Sá de Goiás, 02(3), 69–74.
2. ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2008). OPAS / OMS e ANVISA. Disponível em: http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=110 6:opas-oms-e-anvisa-apresentam-estrategias-para-seguranca-do- paciente&Itemid=463. Acesso em: 13 abr. 2021.
3. DANTAS, S. C. C. (2011). Farmacia e Controle das Infecções Hospitalares. Pharmacia Brasileira, 80 (Fevereiro/Março), 20. Disponível em: http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/130/encarte_farmacia_hospital ar.pdf. Acesso em 24 de jul. 2020.
4. OLIVEIRA, F. R. P. De, BRUNA, K., TORRES, N., & SATURNO, R. S. (2015). Comissão de Controle de Infecção Hospitalar ( CCIH ) e atuação do farmacêutico hospitalar : contexto e importância Hospital Infection Control Committee ( HICC ) and performance of hospital pharmacist : context and importance. 37–42.
5. CIRERA, C. A. de M., CHAVES, C. M. G., ALMEIDA, G. M. G. F. de, & OLIVEIRA, J. C. de. (2015). Cartilha para a promoção do uso racional de medicamentos. Ministério Da Saúde, 76. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_promocao_uso_racional_ medicamentos.pdf. Acesso em 13 de mar. 2021.
6. AQUINO, Daniela Silva de. (2007). Por que o uso racional de medicamentos deve ser uma prioridade? Disponível em: https://scielosp.org/article/csc/2008.v13suppl0/733-736/.

7. Padoveze, MC; Fortaleza, CMCB. (2014) Infecções associadas à assistência à saúde: desafios para a saúde pública no Brasil. Rev. Saúde Pública [Internet]. [citado em 17 de março de 2021]; 48 (6): 995-1001. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034- 89102014000600995&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/s0034- 8910.2014048004825.
8. OLIVEIRA, H. M., SILVA, C. P. R., & LACERDA, R. A. (2016). Policies for control and prevention of infections related to healthcare assistance in Brazil: A conceptual analysis. Revista Da Escola de Enfermagem, 50(3), 502–508. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0080- 623420160000400018. Acesso em 30 de dez. 2020.
9. FRELLO, A. T., & CARRARO, T. E. (2013). Contribuições de florence nightingale: uma revisao integrativa da literatura. Escola Anna Nery, 17(3), 573–579. Disponível em: https://doi.org/10.1590/s1414- 81452013000300024. Acesso em 15 de nov. 2020.
10. SANTOS, A. A. M. Dos. (2006). O modelo brasileiro para o controle das infecções hospitalares : após vinte anos de legislação , onde estamos e para onde vamos? Dissertação Apresentada Ao Programa de Pós-Graduação Em Ciências Da Saúde, Da Faculdade de Medicina Da Universidade Federal de Minas Gerais., 139.
11. GUIMARÃES, Denise, Oliveira; MOMESSO, Luciano da Silva; e PUPO, Mônica Tallarico (2010). Antibióticos: Importância terapêutica e perspectivas para a descoberta e desenvolvimento de novos agentes. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
12. DALLAGNOL, D. (2016). Conhecimento dos profissionais da área da saúde sobre infecção hospitalar. 1–65. Jacareí, São Paulo, Brasil.
13. Oliveira, MH de; Silva, CPR; Lacerda, RA. (2016). Políticas de controle e prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde no Brasil: análise conceitual. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0080 62342016000300505&script=sciarttext&tlng=pt.
14. SILVA, Patrick Leonardo Nogueira da[2] ; PAIVA, Patrícia Alves [1] ; CRUZ, Priscila Karolline Rodrigues [1] ; MAGALHÃES, Fabrícia Ramos [3] ; SOUTO, Simone Guimarães Teixeira [1] ; GONÇALVES, Renata Patrícia Fonseca [1] ; de OLIVEIRA, V. V. [1]. (2015). PREVENÇÃO DE INFECÇÕES HOSPITALARES EM PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. Journal of Chemical Information and Modeling, 53(9), 1689–1699. https://doi.org/http://dx.doi.org/10.5892/ruvrd.v13i2.2419.
15. Moraes, RB; Giustina, AD; Farenzena, EMV; Milman, LM; Fedrizzi, RS. (2014). Perfil microbiológico de profissionais de saúde hospitalizados. Rev. Assoc. Med. Bras. [Internet]. [citado em 16 de março de 2021]; 60 (5): 473-478. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 42302014000500473&lng=en. https://doi.org/10.1590/1806-9282.60.05.016.
16. AZAMBUJA, Eliana Pinho de, PIRES, Denise Pires de, VAZ, Marta Regina Cezar (2004). Prevenção e controle da infecção hospitalar: as interfaces com o processo de formação do trabalhador. Scielo, 2004. Disponível em: https://www.scielo.php?pid=S0104- 07072004000500009&script=sciarttext. Acesso em 10 de jan. 2021.
17. Dutra GG, da Costa MP, Bosenbecker EO, de Lima LM, de Siqueira, Hedi Crescência Heckler, Cecagno D. (2015). Controle da infecção hospitalar: função do enfermeiro/Nosocomial infection control: role of the nurse/Control de infecciones: el papel de la enfermeira. Revista de Pesquisa, Cuidado é Fundamental;7(1):2159-2168.
18. BRASIL. Resolução-Anvisa/Rdc No 48, De 2 De Junho De 2000. Diário Oficial Da União. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. ANVISA., 1, 22–26.
19. GUIMARÃES et al., (2011). Óbitos associados à infecção hospitalar ocorridos em um hospital geral de Sumare – SP, Brasil. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-71672011000500010&script=sci_arttext. Acesso em 12 de fev. 2021.
20. Saúde, M. DA. (1998). Portaria No 2.616/MS/GM, de 12 de Maio de 1998, 43(March), 1–9. Disponível em: https://doi.org/.1037//0033- 2909.I26.1.78. Acesso em 19 de março de 2021.
21. Cruz, M. P. da, Valle, A. R. M. da C., Andrade, D. R. de, Carvalho, V. M., Oliveira, L. B. de, & Nunes, M. do R. C. M. (2015). Prevalência de infecções comunitárias: revisão integrativa. Statewide Agricultural Land Use Baseline 2015, 1, 181–190.
22. Sousa, ÁFL de; Queiroz, AAFLN; Oliveira, LB de; Valle, ARMC; Moura, MEB. (2015). Representações sociais da infecção comunitária por profissionais da atenção primária. Acta paul. enferm. [Internet]. [citado 2021 Mar 19] ; 28( 5 ): 454-459. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002015000500454&lng=pt. https://doi.org/10.1590/1982194201500076.
23. Farmácia, C. F. de. (2013). RESOLUÇÃO No 585 DE 29 DE AGOSTO DE 2013. Integration of Climate Protection and Cultural Heritage: Aspects in Policy and Development Plans. Free and Hanseatic City of Hamburg, 26(4), 1–37. https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/585.pdf
24. Saúde, M. da. (2010). Portaria no 4.283, de 30 de dezembro de 2010. Diário Oficial Da União, Brasília-DF, Seção 1, 31 dez. 2010, 88–93. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4279_30_12_2010.html. Acesso em 31/03/2021.
25. Vieira, L. M. dos S. (2008). Resolução no 492 de 26 de novembro de 2008. 61, 121. Disponível em: https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/492.pdf. Acesso em 30/03/2021.

26. Civil, C. (1997). LEI No 9.431, DE 6 DE JANEIRO DE 1997. 9–10.
27. SAÚDE, M. DA. (1998). Portaria no 2.616/MS/GM, de 12 de maio de 1998. Portaria No 2.616/MS/GM, de 12 de Maio de 1998, 43(March). 1–9. Disponível em: https://doi.org/.1037//0033-2909.I26.1.78. Acesso em 12 de mar. 2021.
28. Hoyashi, CMT; Silva, PS; Silva, RM da; Silva, TR. (2020). Prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde: fatores extrínsecos ao paciente. Disponível em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/10/947537/2739-18239-6-pb.pdf.
29. Pinto, Deisy Mello de et al. (2015). Patient safety and the prevention of skin and mucosal lesions associated with airway invasive devices. Revista da Escola de Enfermagem da USP [online] v. 49, n. 05 [Acessado 28 Maio 2021] , pp. 0775-0782. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0080-623420150000500010. ISSN 1980-220X. https://doi.org/10.1590/S0080-623420150000500010.

30. Kishi Daniel, Videira Rogério Luiz da Rocha. (2011). Descrição das práticas de prevenção da infecção Hospitalar por anestesiologistas em um Hospital Universitário. Rev. Bras. Anestesiol. [Internet]. Apr. [cited 2021 Mar 31] ; 61( 2 ): 182-187. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942011000200007&lng=en. https://doi.org/10.1590/S0034-70942011000200007.

31. Dantas, SCC. (2011). Farmácia e Controle das Infecções Hospitalares. Disponível em: https://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/130/encarte_farmacia_hospital ar.pdf.

32. Amina Mohammed; Tedros Adhanom Ghebreyesus; Junshi Chen; Dame Sally Davies. (2019). No podemos esperar: asegurar el futuro contra las infecciones farmacorresistentes. Informe para el Secretario General de las Naciones Unidas. World Health Organization. https://www.who.int/antimicrobial-resistance/interagency-coordination- group/IACG_final_report_ES.pdf.

33. Karen Sarmento Costa, Lenita Wannmacher, Luiz Henrique Costa, V. L. T. (2012). Uso racional de medicamentos: temas selecionados. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/uso_racional_medicamentos_tema s_selecionados.pdf.

34. Özger HS, Fakıoğlu DM, Erbay K, Albayrak A, Hızel K. (2020). Inapropriate use of antibiotics effective against gram positive microorganisms despite restrictive antibiotic policies in ICUs: a prospective observational study. BMC Infect Dis. Apr 19;20(1):289. doi: 10.1186/s12879-020-05005-7. PMID: 32306946; PMCID: PMC7169036.

35. Burgess, LH, Miller, K., Cooper, M., Moody, J., Englebright, J., & Septimus, E. (2018). Implementação em fases de um programa de administração de antimicrobianos para um grande sistema de hospital comunitário. American Journal of Infection Control. doi: 10.1016 / j.ajic.2018.06.009.

36. Antochevis, L. C. (2019). ANTIMICROBIANOS ( STEWARDSHIP ): COMO IMPLEMENTAR NA MINHA. CCIH Revista. Disponível em: https://www.ccih.med.br/programa-de-controle-de-antimicrobianos-stewardship- como-implementar-na-minha-instituicao/. Acesso em 31/03/2021.

37. CASTRO, K. M. (2019). GESTÃO DE ANTIMICROBIANOS PELO PROGRAMA STEWARDSHIP EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE ENSINO: ANÁLISE DA IMPLANTAÇÃO. 126(1), 1–7. http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/50511/1/2019_dis_kmcastro.pdf.

38. Kitahara, T. (2012). Pharmacist Education from the View Point of Infection Control Pharmacist. YAKUGAKU ZASSHI, 132(12), 1339–1343. doi:10.1248/yakushi.12-00230-4.

39. Zequinao T; Gasparetto J; Oliveira DS; Silva GT; Telles JP; Tuon FF. (2020). A broad-spectrum beta-lactam-sparing stewardship program in a middle-income country public hospital: antibiotic use and expenditure outcomes and antimicrobial susceptibility profiles. Braz J Infect Dis [Internet]. June [cited 2021 Mar 27] ; 24( 3 ): 221-230. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-86702020000300221&lng=en. Epub Aug 17, 2020.

A Importância do Farmacêutico na Comissão de Controle de Infecção Hospitalar no Uso Racional dos Antimicrobianos
Role para cima